editorial de uma renúncia

Do dia em que acordei e tive uma leve impressão de que nada era assim tão grave...

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sábado, maio 19, 2007

Às vezes...

Às vezes...
Fechamos nossos olhos e vemos.
Nada muito singular.
Nada de tão original assim.
Fechamos os olhos; apertamos as pálpebras... Sentimos a invasão da claridade mesmo de olhos cerrados [seja mirando céu em chamas, ou a tela da máquina em nervos]
Sentimos.
E isso é bom.
É uma boa nova: o mundo caminha sem nossa inquietação.
O mundo está. Ponto. Pronto. Mesmo sem nossa direção.
Cerramos os olhos, mas as coisas todas estão lá.
Antes de nós.
Sobre nós.
Somos belos, e desnecessários.
[por que não leves?]
[por que não livres?]
E sentimos.
Nada de tão original assim.
Nada muito singular.
Fechamos nossos olhos e vemos.
Às vezes...