editorial de uma renúncia

Do dia em que acordei e tive uma leve impressão de que nada era assim tão grave...

Minha foto
Nome:
Local: mora na filosofia...

quarta-feira, março 30, 2005

De quando os deuses devem me dar mais ouvidos…

E lá fui eu, ver “Mar Adentro”. Que filme. E o Javier Bardem, céus, dificilmente comentaria algo a respeito, que estivesse à altura da sensibilidade de sua interpretação. E como é maravilhosa a experiência do cinema, quando o filme envolve o espectador de maneira tal que simplesmente nada existe além da grande tela. Enfim, adentrei “Mar Adentro”, onde o personagem interpretado por Barden é tetraplégico, mas projeta seu pensamento de maneira que ele possa voar, livre, pleno, belo e… RASG, CREC, SCHRIC, CROC. Abatidos, eu e o tetraplégico, em pleno vôo, pela mão afável de um conviva que, voraz como um genuíno glutão, massacra um saco de pipocas como se fosse ele o causador da fome no mundo. Deixei estar e mais uma vez me entreguei de alma e pensamento à sensibilidade do filme. E de repente, não mais que de pente – e eu já pela sétima lágrima (duas pelo olho direito, cinco pelo esquerdo) – “Alô, oi, não, tô num cinema… não, não, o do alejado que qué morrê…”. Oh, deuses, ouçam minhas preces, e permitam a eutanásia para os que carecem, e a morte súbita para os que merecem.

segunda-feira, março 28, 2005

claro que pode ser feito...

Claro que pode ser feito...aliás, o que não, nesta seara virtual? Pode ser, de fato, uma possibilidade literária. Nada que não me deixe ressabiado. Confesso: ainda guardo um pouco do ranço neandertal...

e agora, José...