editorial de uma renúncia

Do dia em que acordei e tive uma leve impressão de que nada era assim tão grave...

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terça-feira, setembro 12, 2006

sem títulos hoje...

Faz bem pouco tempo... deixava sempre o som de casa ligado, especialmente quando saia para não voltar. Uma música que significasse para mim mais que simplesmente ela. Preenchendo os espaços todos da casa, não permitindo a casa ficar só de mim.

Faz bem pouco tempo, causava-me alguma emoção ver as folhas de minhas pequeninas plantas se lançarem janela afora, numa tentativa de abraçar a luz que de lá vinha. Eram sempre como o abraço que a manhã merecia, mas que eu mesmo nunca dava.

Hoje eu apenas descrevo os sustos cotidianos. E evito escutar músicas que me causam impacto para poder dormir, e evito dormir demais para não acreditar ter perdido alguma parte do dia.

domingo, setembro 10, 2006

timbre audível

As vozes ao redor sumindo. Paulatinamente.
Alguém nota e reclama um timbre audível.
Rememorando, talvez, o inesquecível.
Um suspiro. Do ritmo eterno e intermitente.

As batidas do coração irreprimível
As vozes – de ecos – tão distantes
As dores – decerto – lancinantes
Alguém nota e reclama o inexeqüível

E vai parando, aqui ali, ao deus dará,
Irrompendo do espelho irreconhecível
À memória da dor que ficará

E vai ficando com a versão indescritível
Do viver, que de fato, não chegará!
Alguém nota e reclama o impossível