editorial de uma renúncia

Do dia em que acordei e tive uma leve impressão de que nada era assim tão grave...

Minha foto
Nome:
Local: mora na filosofia...

sábado, maio 19, 2007

Às vezes...

Às vezes...
Fechamos nossos olhos e vemos.
Nada muito singular.
Nada de tão original assim.
Fechamos os olhos; apertamos as pálpebras... Sentimos a invasão da claridade mesmo de olhos cerrados [seja mirando céu em chamas, ou a tela da máquina em nervos]
Sentimos.
E isso é bom.
É uma boa nova: o mundo caminha sem nossa inquietação.
O mundo está. Ponto. Pronto. Mesmo sem nossa direção.
Cerramos os olhos, mas as coisas todas estão lá.
Antes de nós.
Sobre nós.
Somos belos, e desnecessários.
[por que não leves?]
[por que não livres?]
E sentimos.
Nada de tão original assim.
Nada muito singular.
Fechamos nossos olhos e vemos.
Às vezes...

1 Comments:

Blogger Salve Jorge said...

Não fomos os primeiros
Nem seremos os últimos
Nem fundamentais
Tampouco descartáveis
Apenas folhas errantes
Numa brisa alheia
Aos nossos contornos
Que sopra.. e sopra.. e lá vamos nós
Leves
Livres
Ao sabor do vento que nos prende
E nos faz parecer pesados
Mas voando
Soltos nessa prisão
Nesse mundão
Véio
Sem portera
Ora buscando, ora temendo toda essa imensidão
Marcando passos
Rastreando marcas
Parcas
Fracas
Em decomposição
Podendo fechar os olhos e ir
E ver
E ser
Sendo
Lendo..
Parecendo que sabemos
Saberemos.. haveremos de saber..
Ser..
E ver que somos belos e desnecessários de tão essenciais..

12:53 PM  

Postar um comentário

<< Home