editorial de uma renúncia

Do dia em que acordei e tive uma leve impressão de que nada era assim tão grave...

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quinta-feira, abril 21, 2005

o trabalho enobrece?

Não, este não é mais um surto. Gosto mesmo de trabalhar. Afinal, o que mais poderia nos dar experiências de vida tão singulares quanto essa que lhes relato abaixo?

Como muitos sabem, trabalho numa empresa de comunicação de referência no meio BraZiliense! Faço pesquisas, e muitas delas online, posto que boa parte dos arquivos dos jornais está disponível nos respectivos sites. Pois bem, certo dia, o querido diretor deste querido jornal BraZiliense, pediu, ou melhor, exigiu, “pra ontem!” (“infelizmente, doutor XYZ, não posso ajudar, ontem já passou, e hoje é outro dia”...ai, ai...um dia eu falo!), uma reportagem, de 2002, de um jornal carioca – por ética, não revelarei o nome, mas digo que é um jornal que quase foi o melhor Jornal do Brasil, e, portanto, o chamarei de JB. Claro que o padroeiro dos jornais, Santo Murphy, não deixaria de aplicar suas Leis: o JB não disponibilizava, naquele momento, apenas e tão somente o ano de 2002.
Tive de procurar informações sobre quando voltaria ao ar este serviço. Lista telefônica em mãos liguei para o JB do Rio (o telefone não atendia nunca), depois para o JB sucursal Brasília, onde falei com Robério, que me passou para Ronaldo, que me deu um telefone “seguro” para me informar. No telefone “seguro”, do Rio, o telefone não atendia nunca (novamente). Deve ser o costume local! Voltei ao Ronaldo, de Brasília, que me remeteu novamente ao Robério, que me deu outro telefone. Ah, este sim... só dava ocupado (liguei durante quase meia hora). Voltei ao Robério, que tentou me remeter ao Ronaldo, que tinha saído (“acho que ele não volta mais”, disseram...pobre do Ronaldo! Será grave?).

Já pensando em cometer homicídio qualificado, Pedro (funcionário daqui, do CEDOC, de Brasília), me deu um telefone. Este sim “seguro”. “Dou-lhe a cara e a outra face”, me disse em tom de bravata (juro que já ouvi algum ditado parecido!). No número em questão, do Rio, me encontrei com a voz de gralha de Estela (nada pessoal, mas tive de afastar o fone pelo menos cinco centímetros de minha orelha para não ofender meus tímpanos), que me informou “seguramente”, que não poderia me informar absolutamente nada de “forma segura”, mas que, se Deus quisesse (é isso que dá morar aos pés do Redentor), a página estaria de volta em meados de junho...!!! “Mas por conta de quê a página não está funcionando à contento?”, perguntei, aguardando uma resolução, no mínimo, profissional (ora, este não foi o maior Jornal do Brasil?) “Manutenção!”, ela decretou seguramente! “Mas do quê, das máquinas, da página, do servidor, do conteúdo...?”, “Uai (ela não era carioca?), manutenção é manutenção, oras...!” (grande Estela! Me ensinou que para o não entendedor, palavra nenhuma bastaria...)

Enfim, ganho pouco e, às vezes, me divirto.
(obs: os nomes foram mudados para evitar constrangimentos...mas que a voz de Estela era de gralha, ah sim, isso era!)